segunda-feira, 30 de abril de 2012

Influencia da concentração dos reagentes na velocidade da reacção.



CINÉTICA QUÍMICA
1.influencia da concentração dos reagentes na velocidade da reacção.
a) Influência da concentração de tiossulfato de sódio
Materiais:
·         8 Tubos de ensaio;
·         3 Seringas;
·         1 Suporte de tubos de ensaio;
·         4 Pedaços de papel com marcas;
·         8 Pedaços de papel para rótulo;
·         1 Cronometro;
·         1 Esferográfica;
·         3 Copos químicos;
Reagentes:
·         Na2S2O3 a 0.15 M;
·         H2O;
·         H2SO4 a 0.2 M.
Procedimentos:
·         Seleccionou-se e rotulou-se os tubos a usar (números 1,2,3 e 4 para tiossulfato de Sódio e letras A, B, C e D para Acido sulfúrico);
·         Nos quatro tubos devidamente rotulados com a indicação de tiossulfato de Sódio, introduziu-se a solução do reagente indicado, colocando 2mL, 3mL, 4mL e 6mL respectivamente nos tubos 1,2,3 e 4;
·         Introduziu-se nos tubos (1,2,3 e 4) 4mL, 3mL, 2mL e 0 mL de água respectivamente;
·         Fez-se uma marca com caneta em pedaços de papel e colocou-se por baixo dos tubos que continham Tiossulfato de sódio e água;
·         Introduziu-se o ácido sulfúrico nos tubos com a indicação do mesmo, sendo 6mL em cada tubo; 
·         Verteu-se o ácido sulfúrico do tubo A para o tubo1contendo a solução de Tiossulfato de Sódio e agua e imediatamente cronometrou-se o tempo da mistura das soluções ate que a turvação causada pelo Enxofre coloidal formado não permitisse a visualização da marca do papel;
·         Repetiu-se os mesmos procedimentos para os tubos 1,2,3 e 4 anotando-se os resultados.
Observação:
Adicionado 4,3,2 e 0 ml de água nos tubos 1,2,3 e 4 e respectivamente, soluções resultantes tornaram-se incolores.
Introduzindo 6ml de H2SO4 em cada um dos tubos e imediatamente cronometrado verifica-se que:
  • No tubo 1 após 4 minutos a marca do papel torna-se invisível da solução causada pela turvação da mesma;
  • No tubo 2 passado três minutos a solução torna-se turva e marca do papel deixa de se ver;
  • No tubo 3 observou-se que após 2 minutos a solução turva-se e a marca de papel deixa de ser visível;
  • No tubo 4 a solução turva-se após 1 minutos e desta maneira a marca do papel deixa de se ver.
É de salientar que as soluções turvam-se de incolor para cor branca.
Interpretação:
·         Nos tubos 1, 2 e 3 contendo Na2S2O3 ao se introduzir a água ocorre a diluição da solução de tiossulfato de sódio contida nesses tubos, fazendo com que as concentrações das soluções tiosulfato de sódio diminuam.




Tubo 1
Dados                                                                                     Resolução
                                         
Tubo 2
Dados                                                                                     Resolução
                                        
Tubo 3
Dados                                                                                     Resolução
                                        
Tubo 4
Dados                                                                                     Resolução
                                        
·         No tubo 1 contendo solução de tiossulfato de sódio diluído a reacção foi mais lenta devido a diminuição da concentração do mesmo causado pelo aumento da água em 4mL.
·         Nos tubos 2 e 3, porque a quantidade da água adicionada era menor em relação a do tubo 1, a reacção entre ácido sulfúrico e tiossulfato de sódio no tubo 2, foi mais rápida do que a do tubo 1 e por sua vez a reacção do tubo 3 foi mais rápida do que a do tubo 1 e 2.
·           No tubo 4 a reacção foi mais rápida se comparada com as do tubo 1, 2 e 3 pois nela não houve a diluição do tiossulfato de sódio, pelo que não houve acréscimo de agua.
Tubo
Tempo
1
0,05M
0,2M
240s
2
0,075M
0,2M
180s
3
0,1M
0,2M
120s
4
0,15M
0,2M
60s

Conclusão:
Vendo-se que onde a solução era menos diluída (maior concentração), a velocidade da reacção era maior, pode-se concluir que, quanto maior for a concentração dos reagentes maior será a velocidade da reacção.
                                                       
 
                                                     
Os valores negativos referentes as velocidades indicam simplesmente que as concentrações dos reagentes diminuem.
Em consequência da concentração , implica que o volume .
II. Influência da temperatura na velocidade da reacção
Materiais:
·         6 Tubos de ensaio;
·         1 Copo de bequer;
·         1 Termómetro;
·         1 Fogão;
·         1 Cronómetro;
·         Três pedaços de papel para rótulo;
·         Duas seringas;
·         Um suporte de tubo de ensaio;
·         2 Copos químicos.
Reagentes:
·         Tiossulfato de sódio (Na2S2O3);
·         Acido sulfúrico (H2SO4);
·         Água para banho-maria.
Procedimentos:
·         Rotulou-se os tubos de ensaio com os números 1, 2 e 3;
·         Introduziu-se 4mL de Na2S2O3 a 0,15M em cada um dos tubos acima;
·         Em outros três tubos introduziu-se 4mL de H2SO4 a 0,2M em cada;
·         Colocou-se os 6 tubos num copo de bequer de 400mL contendo água, colocou-se ao aquecimento no fogão e mediu-se a temperatura com o termómetro (sem encostar no fundo do copo);
·         Aos 30ºC verter-se um dos tubos de ácido sulfúrico no tubo número 1 e imediatamente cronometrou-se o tempo até a turvação completa da solução;
·         Repetiu-se o 5º procedimento para os tubos 2 e 3 aos 40ºC e 50ºC respectivamente.
Observações:
Vertendo o ácido sulfúrico nos tubos 1, 2 e 3 contendo o tiossulfato de sódio, aos 30, 40 e 50ºC respectivamente, observa-se que formam-se soluções incolores em cada tubo.
A solução 1 fica turva após 1 minuto, a solução 2 após 39 segundos e a solução três após 21 segundos. Ao se turvarem as soluções mudam de incolor para cor branca.
Interpretação:
As soluções 1, 2 e 3 turvam-se depois de um minuto, 39 segundos e 21 segundos respectivamente porque no tubo 1ª reacção entre o tiossulfato de sódio e o ácido sulfúrico ocorreu a 30ºC, no tubo 2 a 40ºC e no tubo 3 a 50º C. Deste modo com o aumento da temperatura as velocidades das reacções também aumentam.
Tubo
Temperatura
Tempo
1
30ºC
60s
2
40ºC
39s
3
50ºC
21s
Conclusão:
Verificou-se nesta experiencia que a temperaturas diferentes as velocidades das reacções entre o tiossulfato de sódio e o ácido sulfúrico eram também diferentes. Deste modo pode-se concluir que com o aumento da temperatura maior será a velocidade da reacção, ou seja, quanto maior for a temperatura maior será a velocidade da reacção.
T1<T2<T3=»V1 <V2<V3

III. Influencia do catalisador na velocidade da reacção
Materiais:
·         4 Tubos de ensaios;
·         1 Cronometro;
·         2 Pedaços de papel com marcas;
·         Dois pedaços de papel para rótulos;
·         3 Copos químicos;
·         2 Seringas;
·         1 Conta-gotas;
·         1 Suporte de tubos de ensaio;
·         1 Esferográfica.
Reagentes:
·         Tiossulfato de sódio;
·         Tiocianeto de potássio;
·         Sulfato de cobre (catalisador)
Procedimentos:
·         Seleccionou-se e rotulou-se os tubos (números 1 e 2 para tiossulfato de sódio e letras A e B para tiocianeto de potássio);
·         Introduziu-se 5mL de solução de tiossulfato de sódio nos tubos 1 e 2;
·         Introduziu-se em outros dois tubos (A e B) 5mL de solução de tiocianeto de potássio;
·         Fez-se uma marca com esferográfica num papel branco e colocou-se sobre os tubos 1 e 2;
·         Verteu-se o tubo a contendo tiocianeto de potássio no tubo 1 de tiossulfato de sódio e cronometrou-se imediatamente o tempo desde a mistura dos reagentes ate a formação da turvação;
·         Adicionou-se duas gotas de sulfato de cobre no tubo 2 contendo tiossulfato de sódio e cronometrou-se ate a turvação completa.
 Observação:
·         Ao verter-se a solução do tiocianeto de potássio no tubo 1 contendo tiossulfato de sódio forma-se uma solução incolor permanecendo assim por mais de uma hora;
·         Ao verter-se a solução de tiocianeto de potássio no tubo 2 contendo tiossulfato de sódio, observa-se que inicialmente forma-se uma solução incolor e depois de 9 minutos observa-se de a turvação da mesma solução, que fazia com que a marca do papel se tornasse invisível através da solução.
Interpretação:
·         Ao verter-se o KSCN no tubo contendo Na2S2O3, ocorre uma reacção entre ambos, mas a mesma reacção é muito lenta. Porque a energia de activação é maior, isto não possibilita que esta reacção seja rápida, ocorrendo a mesma por mais de 1 hora.
Salientar que quando a energia de activação é maior o grau de colisão das partículas é menor.
·         Ao verter o KSCN no tubo contendo Na2S2O3, observa-se uma turvação pelo facto do tiossulfato estar a reagir com o sulfato de sódio.
·         Esta reacção é mais rápida comparativamente a primeira devido a presença do catalisador CuSO4.
Conclusão:
Pela comparação das duas reacções (do tubo 1 e 2), uma sem catalisador e a outra com catalisador notou-se que esta ultima ocorre com maior velocidade, com isso conclui-se que um catalisador influencia na velocidade de uma reacção. Portanto um catalisador é uma substancia que aumenta a velocidade de uma reacção química sem ser consumida.
  
TERMOQUIMICA
Verificação experimental da lei de Hess
Materiais:
·         1 Balança;
·         1 Vidro de relógio;
·         2 Balões de Erlenmeyer;
·         Um termómetro;
·         Uma proveta graduada;
·         Um copo de Bequer.
Reagentes:
·         Agua destilada;
·         Hidróxido de sódio;
·         Acido clorídrico.
Procedimentos:
1ª Etapa:
·         Pesou-se com ajuda de um vidro de relógio 4 gramas de NaOH;
·         Colocou-se num balão de Erlenmeyer de 250mL, 100ml de água destilada e determinou-se a temperatura de equilíbrio da água com o ambiente;
·         Dissolveu-se 4 gramas de NaOH em 100mL de água, agitando-se cuidadosamente e com o termómetro mediu-se a temperatura;
·         Anotou-se a temperatura máxima;
·         Transferiu-se a solução obtida para um copo de bequer de 250mL e guardou-se para a etapa 3;
2ª Etapa:
·         Colocou-se num balão de Erlenmeyer de 250 mL, 100 ml de HCl a 1M;
·         Determinou-se e anotou-se a temperatura de equilíbrio de HCl com o ambiente;
·         Pesou-se, utilizando um vidro de relógio 4 gramas de NaOH, dissolveu-se nos 100ml de HCl, agitou-se cuidadosamente e com o termómetro mediu-se a temperatura.
3ª Etapa:
·         Finalmente colocou-se no balão de Erlenmeyer de 250 mL, 50mL de NaOH (solução preparada na 1ª etapa);
·         Determinou-se a temperatura de equilíbrio com o termómetro e anotou-se;
·         Mediu-se por meio de uma proveta graduada 50mL de HCl a 1M e no momento de equilíbrio desta solução com o ambiente, adicionou-se ao NaOH;
·         Agitou-se e mediu-se a temperatura.
Observação:
Na 1ª etapa ao se medir a temperatura da água verificou-se esta era de 27ºC;
Ao se introduzir os cristais brancos de hidróxido de sódio na água observa-se que estes se dissolvem formando uma solução incolor. Medindo-se a temperatura desta solução verifica-se que é igual a 33ºC.
Na segunda etapa, medindo-se a temperatura de ácido clorídrico, verifica-se que é igual a 27ºC;
Ao se dissolver 4 gramas de cristais de NaOH em 100mL de HCl, forma-se uma solução incolor e neste momento o termómetro marca uma temperatura máxima de 43ºC. Nota-se ainda um aquecimento ao se encostar no balão de Erlenmeyer.
Na última etapa ao se medir a temperatura de equilíbrio de NaOH e HCl com o ambiente o termómetro marca uma temperatura de 29ºC e 28ºC respectivamente. Ao se adicionar HCl ao NaOH forma-se uma solução incolor com uma temperatura máxima igual a 33ºC.
Interpretação:
O aumento da temperatura verificado na 1ª etapa (dissolução de NaOH sólido em agua) deve-se ao facto desta reacção ocorrer com a libertação de calor, pelo que a inicialmente a temperatura era de 27º C e após a dissolução do NaOH nela , a temperatura aumenta para 33ºC.
Pelo facto da ocorrência duma reacção muito exotérmica entre o HCl e NaOH a temperatura da solução resultante é mais elevada do que a temperatura da reacção entre a H2O e NaOH.
A reacção que ocorre através da adição de HCl ao NaOH dissolvido da 1ª etapa também é exotérmica, mas a sua temperatura é igual a temperatura de reacção da 1ª fase.
Conclusão:
Nesta experiencia visto que o calor libertado na 2ª reacção é maior que o calor libertado na 1ª e 3ª reacção, segundo a lei de Hess pode-se concluir que o calor da reacção global depende apenas das etapas finais e inicial do processo. Assim, viso que o calor da 2ª reacção não era de equilíbrio com o ambiente, mas sim o calor máximo ainda haveria a probabilidade de reduzir. Dai que para a entalpia da reacção usamos apenas o calor da reacção 1 e 3 que provem de temperaturas já equilibradas com o meio ambiente sem grandes probabilidades de alteração. Contudo, a variação de entalpia para qualquer reacção depende apenas das etapas iniciais e finais e não das etapas intermediárias ou caminhos.   
  1ª etapa:
Dado                                                Resolução
             
                                                   


3ª Etapa:
 
Dados                                                                                Resolução
                     

 

Etapa:
                                                         


















Referências bibliográficas
ATKINS, Peter DE PAULA, Julio, Fisico-Quimica, 8ª edição, LTC editora, Vol.1
CHANG, Raymond, Quimica Geral, 4ª edição, McGraw Hill, São Paulo, 2006
RUSSEL, John B. Quimica geral, 2ª edição, Makron Books editora , Vol 1, São Paulo.
UNESCO, Experiencias de Microquimica, Modulos avançados de aprendizagens,Masister editora, Moscow